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Uma orquestra a precisar de um maestro

A qualidade de jogo do Porto tem ficado muito aquém do expectável. Não retirando mérito aos seus rivais, a equipa liderada por Conceição apresenta várias lacunas. Falta violinos para juntar aos bombos, que não são poucos.

O problema do Porto está na falta de um criativo no meio-campo, alas e na falta de eficácia. Juntemos a isso a escassez de opções do meio-campo para traz. Ofensivamente o Porto tem capacidade para variar, mas, por outro lado, defensivamente tem várias lacunas.

As alas são uma grande dor de cabeça. Wendell e Zaidu precisam de ter mais intensidade, João Mário tornou-se numa peça fundamental, mas falta-lhe amadurecimento e mais soluções para a ala-direita. Pepê tem feito esse papel quando podia dar mais à equipa na frente, tanto na ala como no meio. Pepê tem essa capacidade de desequilibrar. A outra opção é Rodrigo Conceição, mas que não tem de todo o ritmo competitivo desejável.

A equipa nesta altura está demasiado desgastada. Isso tem-se notado ultimamente.

A imaturidade da equipa tem muito que ver com a falta de competitividade e inexperiência do plantel. Faltam rotinas não só devido às lesões mas pela escassez de opções, o que torna toda uma gestão mais complicada.

Este Porto tem sido uma manta de retalhos onde Sérgio Conceição tem tentado dar pontos e cozer uma grande manta, mas, mais tarde ou mais cedo, a manta rompe.

O Porto tem de olhar para si próprio, analisar o planeamento da época, definir melhor as suas prioridades e, para o que falta da época, tentar conquistar os títulos internos que ainda tem para disputar, sendo que o de campeão está cada vez fora do alcance. O objetivo agora terá de ser o de garantir já o acesso direto à champions e ganhar as competições como a taça. Pode ser uma época onde não tenha conseguido conquistar o título de campeão mas, a conquista das taças pode ditar um desfecho menos negativo.