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«Existe muita história por trás destes clubes espaçados por meia dúzia de quilómetros»

Ricardo Silva  vai estrear-se domingo no banco do Lank FC Vilaverdense. O treinador espera um jogo «complicado» diante de um Merelinense «competitivo», como tem sido nas «últimas épocas». O timoneiro não espera por isso facilidades, num dérbi com muita história e entre equipas separadas por poucos quilómetros. No entanto, quer entrar a vencer no Campeonato de Portugal.

A que nível vai se apresentar a sua equipa neste primeiro jogo?
Estar a fazer futurologia nesta fase é difícil. No entanto, os indicadores que temos são excelentes quer do grupo de trabalho na sua qualidade individual e também no que tem transmitido do ponto de vista colectivo nos seis jogos de preparação que fizemos. Estamos confiantes para fazer um bom jogo. Os jogadores têm interpretado bem a nossa ideia, o grupo respira confiança, temos feito coisas boas nesta fase de preparação e acredito que as vamos transportar para o jogo de domingo e instalar este culto de vitória no clube.

Vai poder apresentar o melhor onze?
O melhor onze é sempre aquele que vai para dentro do campo. Depois, durante o jogo ainda podem entrar mais dois, três ou cinco jogadores ou até nenhum e na bancada vão ficar outros a torcer pelos colegas, porque é esse o espírito coletivo. Lembro que na época passada esta equipa ficou a 27 pontos do primeiro lugar. Queremos trazer novamente o culto da vitória para este clube.

E o que espera do Merelinense?
Espero um Merelinense competitivo. Já disse aos jogadores que existe muita história por trás destes clubes espaçados por meia dúzia de quilómetros. As duas equipas registaram muitas saídas e entradas, nesse sentido estamos em pé de igualdade. Fala-se em algum desinvestimento do adversário, mas também não sou tesoureiro deles para perceber isso. Nestes jogos ninguém quer perder. Nós queremos sempre uma equipa extremamente competitiva em todos os jogos.
Domingo é o primeiro, não diria que estamos com ansiedade porque temos jogadores muito experientes, mas muitos deles terminaram o campeonato em Abril e estão com vontade de competir.

Essa experiência pode ser uma vantagem para a sua equipa?
Claro que sim, mas do lado também existem muitos jogadores com muita experiência.

Durante a pré-época já deu para construir uma equipa à sua imagem?
Os jogadores são inteligentes e rapidamente interpretaram o que pretendemos mas só com o tempo é que vamos desenvolver melhor a nossa ideia. No entanto, neste jogo já vamos apresentar muita coisa do nosso padrão.

Agrada-lhe as viagens à Madeira?
Já estou habituado, acho que nunca estive numa série que não tivesse equipas da Madeira. As viagens são uma adversidade, mas temos de estar preparados para isso.

Consegue apontar alguns candidatos nesta série?
Não vamos andar a “tapar o sol com a peneira”. O nível do Campeonato de Portugal baixou, porque a Liga 3 “roubou” muitos jogadores. Agora a competitividade vai existir na mesma. Vais ser um campeonato muito duro. Quem serão os candidatos? Ainda estamos um pouco às escuras. Penso que lá pela sexta, sétima jornada já podemos ter uma ideia mais clara.

Vai ser bom voltar a ter adeptos nos jogos.
O futebol é emoção e paixão e queremos jogar para o público. Esperamos que a nossa equipa consiga cativar os nossos adeptos para nos ajudar a estar na fila da frente do campeonato.