«Quero ser um dos melhores centrais da competição»

Gabriel Ribeiro é mais um produto da formação da AAESA-Amares Vólei a afirmar-se no panorama do voleibol nacional. O jovem jogador, que esta época se transferiu para o Ala de Gondomar, conversou com o Desportivo sobre a paixão pela modalidade, as ambições pessoais e coletivas, bem como a experiência de integrar a Seleção Nacional de sub-18.

Como começou a paixão pelo voleibol?
Começou no 4.º ano. Tinha um amigo que me convidava constantemente para ir com ele aos treinos do Desporto Escolar, onde o irmão jogava. Decidi experimentar, até porque o meu irmão também praticava na altura. Mas a verdadeira paixão nasceu no início do 7.º ano, após a pandemia, quando comecei a jogar voleibol federado.

Já sente saudades do Amares Vólei?
É impossível não sentir. Passei lá grande parte da minha vida, era quase como uma segunda casa.

Como foi a transição para o Ala de Gondomar?
Foi relativamente fácil, porque já conhecia alguns atletas da Seleção que jogavam na Ala. Isso tornou a adaptação muito mais tranquila.

Quais foram os principais desafios até agora?
A saída de casa foi um grande desafio. Só consigo ver a família uma vez por semana. Além disso, a carga e a exigência nos treinos aumentaram bastante.

Quais são as metas individuais e coletivas para esta época?
Coletivamente, o objetivo é manter o título de campeão nacional conquistado na época passada. Individualmente, quero continuar a evoluir como atleta, tanto a nível técnico como físico.

Gostava de abraçar uma carreira profissional no voleibol?
É um sonho, trabalho quase todos os dias para isso. No entanto, sei que nem sempre é viável e que a vida é imprevisível. Por isso, mantenho sempre em mente um futuro académico.

É sedutora a ideia de jogar no estrangeiro?
Acho que é o sonho da maioria dos atletas, seja qual for a modalidade. Claro que me seduz, mas, como disse, não posso apostar apenas no desporto. Ninguém sabe o dia de amanhã.

Qual foi o momento mais marcante da carreira até agora?

É difícil escolher, mas provavelmente quando chegámos à final e vencemos no escalão de infantis. Foi um marco importante.

Jogador vive experiência «incrível» na Seleção
«Quero ser um dos melhores centrais da competição»

O central do Ala de Gondomar, formado no Amares Vólei, integra a Seleção Nacional sub-18 e prepara-se para o Torneio WEVZA de qualificação para o Campeonato da Europa. Gabriel Ribeiro descreve o ambiente na equipa como «perfeito para evoluir», assumindo a ambição pessoal de se destacar como um dos melhores centrais da competição.

Como tem sido a experiência na Seleção Nacional?
Tem sido incrível. Estar rodeado de colegas com os mesmos objetivos cria um ambiente perfeito para a evolução, tanto pessoal como coletiva. Os treinadores exigem sempre o máximo, o que nos obriga a superar-nos constantemente.

Em que aspetos têm trabalhado nos treinos com vista a essa competição?
Temos dado grande ênfase à componente técnica. As equipas que vamos defrontar têm um potencial físico muito superior ao nosso. Se queremos atingir os objetivos, precisamos de ser muito fortes no primeiro e segundo toque.

Qual é o objetivo pessoal e da equipa no Torneio WEVZA de qualificação para o Campeonato da Europa?
O objetivo é conseguir a melhor classificação possível e garantir o apuramento para o Europeu. Vai ser difícil, temos muito trabalho pela frente, mas é esse o foco. Pessoalmente, quero ser um dos melhores centrais da competição.

Que conselhos daria a outros jovens jogadores que também sonham integrar a Seleção Nacional?
O meu conselho é querer sempre mais. Procurar ser todos os dias um bocadinho melhor: pedir mais uma bola, fazer mais uma repetição, ser mais consciente em cada toque. São esses pequenos detalhes diários que, ao fim de um ano, fazem a diferença entre ser apenas bom ou ser excecional.