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Formação, educação e liderança

Ao longo dos tempos a sociedade vai mudando e, com isso, os desafios também. No desporto essas mesmas alterações também se fazem refletir.

Há a tendência para se confundir formação com educação e, por isso, em vários momentos há tensões entre estruturas desportivas e os encarregados de educação, principalmente no futebol de formação.

É necessária e desejável uma cooperação entre treinadores e pais. No entanto, nem sempre há essa ligação e o saber ocupar o lugar.

Os treinadores formam os atletas a nível desportivo e humano, mas não são os primeiros encarregados por assegurar a educação de cada atleta.

A educação começa em casa. Bons exemplos e boas práticas ajudam a melhorar a interligação e, consequentemente, o ambiente na equipa.

Preocupa-me quando vejo nos escalões de formação pais que se acham donos e senhores da sabedoria e, pior do que isso, se sintam no direito de insultar, intimidar e ameaçar a equipa técnica.

Que exemplo e que valores estamos a transmitir às gerações futuras? No futebol não vale tudo e, por isso, é importante que pais e restantes adeptos percebam que têm uma responsabilidade acrescida no ambiente em torno do desporto.

Os pais devem ter a noção de que não vão ser todos jogadores profissionais, e muito menos um futuro Cristiano Ronaldo. Mais importante do que isso, é necessário que os mesmos percebam que nos escalões de formação o mais importante é fazer as crianças felizes e realizadas, e que isso está acima de qualquer resultado.

A formação é um trabalho em prol de resultados, mas acima de tudo, um caminho de aprendizagem e de valorização humana.

Quando falamos de liderança, colocamos em cima da mesa a forma de nos relacionarmos com todos os intervenientes.

Para que haja uma boa relação é preciso definir linhas condutoras, metas e principalmente saber respeitar o espaço de cada um.

Uma boa relação e harmonia faz com que o grupo seja mais forte e, consequentemente, se obtenha bons frutos!