Copo meio cheio e copo meio vazio

Encontrado o campeão nacional, importa fazer o balanço da época.

O Sporting acaba por ser um justo campeão, na medida em que foi a equipa mais eficaz e consistente durante toda a época. Mas para isso, muito contribuiu a ausência de público nos estádios e o facto de disputar apenas competições interna, com maior destaque para o campeonato.

Quanto à época do Braga, não tenho a menor dúvida de que, esta é a melhor época do Braga, nos últimos anos.

Se olharmos de formais mais aprofundada, verificamos que, apesar das implicações da pandemia, das lesões de jogadores como Carmo, Moura, Castro e Gaitán e a perda de Paulinho, o Braga foi maioritariamente, apresentado um futebol de altíssima qualidade, consistente e eficaz durante grande parte da época, mesmo jogando de 3 em 3 dias. Creio que este desfecho menos positivo, se deve muito ao desgaste e ao facto de não ter o ritmo de jogos de 3 em 3 dias.

Há ainda outro aspeto relativo. O Braga tem já assegurada a presença europeia e, pela primeira vez na mesma época, disputou duas finais. Faltou ao Braga, maior eficácia na finalização e nesta reta final, um pouco mais de cabeça fria nas definições e maior agressividade. Não concordo nada, com as críticas de falta de atitude por parte dos jogadores e do mister Carvalhal.

O Braga, foi sempre uma equipa aguerrida, com motivação e disputou sempre cada jogo olhos nos olhos. Temos de mudar essa mentalidade de passar sistematicamente treinadores de bestiais a bestas.
Avaliar uma equipa e um treinador, implica perceber o seu modelo e a sua metodologia. É isso que falta a muita boa massa adepta.