«Como a Europa é o continente mais forte nesta modalidade, a nossa expetativa é que esses resultados se confirmem e mantenham uma boa senda nos escalões de formação, garantindo a sustentabilidade e renovação dos atletas. Precisamos de assegurar isso de forma gradual, porque a melhor geração da canoagem nacional não é eterna», sublinhou o Presidente da Federação Portuguesa de Canoagem.

Mais de dois meses depois do Europeu de Velocidade, na Polónia, onde Pedro Casinha se sagrou vice-campeão europeu júnior de K1 200 metros, Portugal surge com um conjunto alargado de 45 canoístas (26 rapazes e 19 raparigas), até pelo estatuto de anfitrião do Mundial, que, depois de 2015, está de regresso a Montemor-o-Velho.

«É claro que, como país organizador, temos sempre dois grandes objetivos. Em primeiro lugar, queremos que esta prova decorra sem grandes problemas e seja um sucesso, à semelhança de outros eventos que já organizámos no passado. Por outro lado, pretendemos que os resultados desportivos também estejam dentro das nossas expetativas», reforçou.

A presença de cerca de 1.000 atletas, provenientes de 56 países e distribuídos por 24 categorias distintas, traduz «números muito simpáticos» para Vítor Félix, apesar dos encargos financeiros quanto à adoção dos protocolos sanitários exigidos pela Direção-Geral da Saúde e pela Federação Internacional de Canoagem face à pandemia de Covid-19.

«Vamos ter um evento ainda sem público e com todas as restrições, desde a realização constante de testes até à criação de uma ‘bolha’ para os atletas, com todos os custos adicionais inerentes a esta situação pandémica. Queremos mostrar mais uma vez que estamos ao nível das melhores organizações, até porque já nos habituámos a organizar consecutivamente eventos internacionais em Montemor-o-Velho desde 2012», lembrou.

A incerteza global em torno da situação pandémica estimulou o organismo regulador da canoagem mundial a adiar para Setembro o Campeonato do Mundo dos escalões de Juniores e Sub-23, que, inicialmente, estavam aprazados para decorrer entre 15 e 18 de julho.

«O adiamento teve a ver com dois motivos. Um deles foi a questão da vacinação: dois meses depois, creio que Portugal e outros países têm uma percentagem de população inoculada muito superior. Além disso, naquele período em que a decisão foi tomada, alguns países e companhias aéreas estavam com restrições de circulação», enumerou.