Pedro Costa quer uma Carta Desportiva para planear o futuro do desporto em Amares

O candidato do PS à Câmara Municipal de Amares, Pedro Costa, defende a criação de uma Carta Desportiva para orientar o investimento no setor. O objetivo é garantir um planeamento estratégico que promova o acesso democrático à prática desportiva, modernize as infraestruturas e apoie de forma justa as associações locais.

Quais são as principais ideias que tem para o desporto em Amares?
Temos pensado num plano estratégico para o desenvolvimento da prática desportiva e da atividade física no concelho. O nosso conceito integra o desporto federado e o não federado, bem como a atividade física informal, que mobiliza tantas pessoas nos dias de hoje.

Cada nível de prática merece a nossa atenção, pois o desporto é, hoje, uma realidade multidisciplinar.

Vamos implementar uma Carta Desportiva, que fará o levantamento completo dos equipamentos, dos praticantes e das modalidades existentes, permitindo-nos depois investir de forma sustentada em recursos que promovam a evolução e o acesso à prática desportiva.

Este investimento será planeado com rigor, garantindo acesso democrático — onde há investimento público, deve existir interesse público justificado e livre acesso para os munícipes.

Sabemos que será um processo exigente e demorado, mas acreditamos que permitirá dar um salto qualitativo significativo no desporto do concelho nos próximos anos.

Quais são as maiores necessidades identificadas nesta área?
O principal problema é o défice de recursos e equipamentos. Muitos dos espaços existentes estão bastante degradados e há modalidades que não dispõem de qualquer infraestrutura adequada, ficando completamente “órfãs”.

É fundamental estabelecer um plano de investimentos progressivo, que contemple todas as freguesias do concelho, garantindo uma distribuição equilibrada das oportunidades de prática desportiva.

Há necessidade de rever ou criar um novo regulamento de apoio ao desporto?
Claramente. Os regulamentos e critérios atuais não têm coerência e geram insegurança e desmotivação entre os dirigentes das associações.

A nossa proposta passa por criar, no âmbito da Carta Desportiva, um novo regulamento de apoios, com uma grelha de subsídios padrão e apoios suplementares definidos projetos a projeto.

Todos os clubes e associações que integrem a estratégia municipal para o desporto serão apoiados pelas atividades de interesse público que desenvolvem, mediante avaliação dos seus relatórios de atividades.

Haverá, ainda, discriminação positiva para grandes projetos, eventos e iniciativas relevantes, avaliadas caso a caso.

Queremos reforçar os subsídios às associações desportivas, tornando os apoios mais justos e rentáveis para a comunidade.

Que obras considera prioritárias no setor do desporto?
O investimento deve ser equilibrado em todo o território, em articulação com as Juntas de Freguesia, avaliando as necessidades de cada local.

O Pavilhão Multiusos é o grande investimento previsto, pela sua importância não apenas desportiva, mas também social e económica.

Contudo, preocupa-me não conhecer o modelo de financiamento deste projeto, que, até ao momento, não nos foi apresentado. A capacidade financeira do município é limitada e considero ousado avançar com um investimento desta dimensão apenas com receitas próprias.

Ainda assim, estou confiante de que saberemos encontrar as soluções certas quando este dossiê nos for colocado nas mãos.