Pedro Oliveira foi uma das peças-chave na conquista do campeonato pelo Terras de Bouro. Em entrevista ao nosso jornal, o diretor desportivo abordou a equipa dos terrabourenses, a mudança de treinador e agradeceu ao presidente a confiança depositada no seu trabalho.
No início da época falou de um projeto com ambição de subir de divisão. Agora, com o objetivo concretizado, como se sente?
Quando aceitei este projeto, foi precisamente com esse objetivo: construir uma equipa capaz de subir. Embora não tenha sido com o treinador inicialmente previsto, conseguimos atingi-lo com outra liderança. O mais importante é que o objetivo foi alcançado.
Foi um percurso difícil?
Foi desafiante, sobretudo porque havia várias equipas com muita qualidade. Diria que cinco estiveram verdadeiramente na luta: nós, o Caldelas, o Lanhas, a Ribeira e os Alegrienses. Ainda assim, sempre acreditei que, com este plantel, a subida era possível.
Qual foi o segredo do sucesso?
A união do grupo e o apoio da estrutura, em especial do presidente. Esta foi a minha primeira época como diretor desportivo, e ele confiou em mim desde o início. Embora tivesse sempre a palavra final, deu-me total liberdade para formar o plantel. Cerca de 80% dos jogadores foram escolhidos por mim; os restantes chegaram através do Jorge e do próprio presidente.
Zequinha foi uma aposta sua?
Sim. O Jorge foi fundamental no planeamento inicial da época, mas, após a sua saída, o Zequinha era o treinador que eu queria. Pela experiência e pelo trabalho que já demonstrou, sabia que era a escolha certa. E confirmou-se. Apesar de ter propostas de outros clubes- sei disso, mesmo sem ele o ter dito diretamente- insisti até que aceitasse.
Sempre acreditou que o título era possível?
Sempre. Na primeira entrevista que dei ao vosso jornal, referi que o Lanhas era o principal candidato ao título. E confirmou-se: lutaram connosco até ao fim, com um excelente plantel. Mas, com a chegada do Zequinha e de reforços como os irmãos Bonjardim e o Mika, a nossa equipa ficou ainda mais equilibrada. Tínhamos, sem dúvida, todas as condições para sermos campeões… e fomos.
