«Queremos muito ganhar e fazer história pelo SP Arcos»

O treinador do São Paio d’ Arcos, Zé Xavier antevê um duelo difícil contra a Ucha, mas mostra confiança na capacidade da equipa para garantir um lugar na final da Taça.

 Em entrevista à edição online do Desportivo, falou sobre o estilo de jogo do adversário, a escolha do campo e a importância deste momento para o clube. 

O que espera desta partida frente ao SC Ucha?
Espero um jogo semelhante ao da primeira mão. A Ucha é uma equipa muito organizada, com qualidade individual e um bloco defensivo muito sólido, bem trabalhado pelo treinador. Gostaríamos que se apresentassem com um bloco mais alto, a pressionar a nossa saída, mas temos quase a certeza de que virão com um bloco baixo, com praticamente todos os jogadores atrás da linha da bola.
Apesar disso, são sempre perigosos, tanto nas transições como nas bolas paradas. Provavelmente vamos ter mais posse de bola, mas sabemos que em qualquer momento podem criar perigo. Será, sem dúvida, um jogo muito difícil, mas queremos muito ganhar.

Este é o jogo da época para o SP Arcos?
Sim, podemos dizer que sim, embora o objetivo principal fosse a manutenção. Este jogo é muito importante e, se me permite a expressão, até pode salvar um pouco a época. Já igualámos a melhor campanha do clube na Taça, e agora temos a possibilidade de fazer história e chegar à final.

Sente pressão neste momento decisivo?
Não, sinceramente. A verdadeira pressão foi numa fase complicada da época, quando tínhamos jogadores a deslocar-se de várias zonas, como Vila Verde ou Barcelos, sem receber. Isso sim era pressão. Agora, com muitos problemas resolvidos e com as pessoas a voltarem a apoiar o clube, sentimos estabilidade e união.
Este grupo é muito forte. Mesmo nos momentos difíceis manteve-se sempre unido e disponível para trabalhar. Agora, com o clube mais estabilizado. Por isso, diria que não há pressão — há ambição. E claro, queremos muito vencer este jogo.

Pessoalmente este jogo tem um significado especial?
Claro que sim. Não é a minha primeira final na carreira, mas seria a primeira nesta competição e com este clube. É importante para mim, para a equipa técnica, para os jogadores e para todos os que fazem parte do clube. Queremos dar esta alegria às pessoas que sempre estiveram aqui, muitas vezes sem receber nada, só pelo amor ao clube. Primeiro por nós, porque merecemos, e depois por todos os que nos apoiam.

O jogo não será em casa. Porquê a escolha do campo do Maximinense?
Infelizmente, o nosso campo não tem condições. O sintético está a levantar-se e já não é seguro jogar ali. Procurámos uma alternativa mais central e próxima de nós. O campo do Maximinense é em Braga e faz sentido jogar ali.
Deixo aqui também um apelo: São Paio de Arcos já merece melhores condições. Esperamos que seja possível avançar com as obras, porque na próxima época, mesmo na Divisão de Honra, dificilmente poderemos jogar no nosso campo.

 

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