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«O Montijo é uma equipa agressiva, sólida no processo de transição e com muita gente de qualidade no último terço do terreno»

O Lank Vilaverdense recebe este domingo, pelas 11h00, o Olímpico de Montijo, em jogo da 3.ª eliminatória da Taça de Portugal. Esta manhã, Hélder Baptista, esteve na sala de impressa do Estádio Cruz do Reguengo, para projectar o confronto com a formação do Montijo. O treinador diz que nestes jogos da Taça o favoritismo é repartido. Hélder Baptista agradeceu ainda aos profissionais de saúde pela forma como trataram durante o confinamento.

Assume favoritismo para este jogo?
A Taça é sempre uma prova especial. O favoritismo por não termos de fazer a viagem por não termos de jogar na casa do adversário, esmorece ainda mais pela ausência de apoio do público no apoio à equipa. Por isso acho em que o favoritismo está dividido. A minha está consolidada e bem crescendo jogo após jogo e queremos vencer para chegar à próxima eliminatória.

Como encontrou a equipa neste regresso após o confinamento?
Estamos satisfeitos mais com o comportamento colectivo e com o crescimento da equipa do que com os resultados. O jogo em Mirandela foi parco em pontos, porque estivemos por cima, condicionando o adversário e deveríamos ter trazido os três pontos. Encontrei o grupo de trabalho tranquilo, optimista, feliz, embora o trabalho na semana que antecedeu o jogo com o Cerveira tivesse sido condicionado, pois só treinamos duas vezes. Mas ficamos tranquilos pelos testes terem dado negativos.

Que análise faz ao adversário?
O Montijo é uma equipa muito agressiva, com um futebol directo, sólida no processo de transição e com muita gente de qualidade no último terço do terreno e que normalmente marca muitos golos. Por outro lado, ainda não conhece o sabor da derrota, veio ganhar ao Tirsense para a Taça de Portugal. Encontra-se num bom momento de forma, tal como nós, eventualmente num posicionamento mais cauteloso como já nos aconteceu com o União de Santarém, onde tivemos de assumir o jogo e tivemos de nos expor mais. Esperamos um Montijo competitivo, mas que esperamos ultrapassar.

Traz algum desconforto jogar às 11 da manhã?
Antes do jogo em Mirandela tive a oportunidade de falar com o grupo de que não era mesma coisa treinar de manhã e jogar, são coisas completamente diferentes, a atenção, a disponibilidade, a atitude, o foco, tudo é diferente. Em Mirandela correu bem e esperamos que também corra bem no domingo.

Como correu o confinamento?
Correu de forma tranquila. Queira aproveitar para deixar uma palavra de apreço, gratidão e enorme satisfação pelo enorme tratamento do nosso sistema nacional de saúde. Não tinha conhecimento da quantidade de pessoas e entidades que estão envolvidas. Posso dizer que recebi telefonemas às 10, 11 da noite para saber como estava eu e família, se me recordava de mais pessoas com quem estivesse estado dada a minha profissão. Trabalhei em casa, fizemos algumas reuniões por zoom. Foi um desafio para o grupo que foi amplamente superado com a +primeira vitória no campeonato. Tirando o jogo com o Braga ainda não perdemos, estamos mais perto do 5.º lugar e até nisso o confinamento foi possível.

É possível, então, ser treinador à distância?
É possível quando temos um grupo como este e uma equipa técnica pronta para planear e executar o que está planeado.

Teme que o agravar da pandemia prejudique o CdP?
Sim, temo. Todos nós tínhamos esta perspectiva que com o regresso das aulas as coisas iam tomar uma proporção mais elevadas. Estamos preocupados, mas satisfeitos com o acordo com a FPF e a Cruz Vermelha para uma formação dos departamentos médicos para estarem habilitados à realização dos testes rápidos, mas as coisas ainda correm devagar. Esperemos que em breve venha a vacina rapidamente para que o público regresse aos jogos e possamos dar beijos e abraços.