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Fim dos campeonatos foi decisão esperada mas falta premiar clubes com subidas

O fim dos campeonatos foi uma decisão sensata e esperada tendo em conta os efeitos da pandemia Covid-19, mas os clubes deveriam ser premiados com a subida de divisão.

Esta foi uma das ideias-chave deixada pelos treinadores dos três primeiros classificados da Pró-Nacional, João Pedro Coelho (Pevidém), Filipe Gonça (Brito) e Hugo Santos (Vilaverdense), na tertúlia promovida pelo Desportivo VH e pelo treinador Fernando Pires, esta sexta-feira à noite, na plataforma Zoom.

«É uma decisão que nunca será consensual, mas com a qual temos que concordar. Na minha opinião, tão cedo não será fácil retomar. Penso, no entanto, que se devia premiar os clubes com as subidas. Ou a Federação avança para a reestruturação dos campeonatos, podendo criar uma divisão intermédia entre os distritais e o Campeonato de Portugal, ou deve promover quem o mereceu até agora», começou por dizer Hugo Santos.

Opinião partilhada por João Pedro Coelho, para quem o final dos campeonatos foi «uma decisão que ninguém queria, mas que tinha realmente que acontecer», porque não havia condições para continuar a competição nem para perceber o timing de resolução do problema».

«Mesmo não querendo, foi a decisão previsível. Como se vai processar a partir deste momento é que poderá levar a alguma discussão e análise. Penso que a solução poderá passar por essa tal divisão intermédia, premiando os dois primeiros até ao momento, ou então premiar quem está neste momento em primeiro e alargar o número de equipas e séries no Campeonato de Portugal. Não faz sentido anular resultados nem olhar apenas para a primeira volta», explicou.

Já Filipe Gonça entende que esta foi uma «decisão sensata», mas «um pouco precipitada», mostrando-se «apologista de que os campeonatos deveriam acabar». «Podíamos jogar em Novembro e Dezembro, se fosse necessário. São oito jogos e penso que deveriam ser disputados», destacou.

Também para o líder do Brito «tem que haver premiados», porque o fim das competições, sem subidas nem descidas, «apenas favorece quem estava a lutar para não descer». «Fica um sabor amargo depois de uma época de um trabalho árduo de muita gente», lembrou.

Na tertúlia, os treinadores abordaram vários outros temas, nomeadamente a competitividade da Pró-Nacional. A conversa contou também com outras participações, nomeadamente dos capitães dos três primeiros classificados do escalão máximo da AF Braga.