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Esposende nega agressões e vandalismo

A Direcção do Esposende diz que não houve qualquer motivo para o árbitro se trancar no balneário e ter chamado a GNR para sair do estádio. «Não havia motivo para ele se sentir inseguro. Ninguém lhe ia fazer mal, ninguém o tentou agredir. No final houve aquelas bocas normais, mas ninguém lhe deu socos no carro. Penso que já vinha com tudo montado, estragou um jogo bonito, com bom ambiente entre os adeptos. Quis ser o protagonista», lamentou Pedro Maciel, Director Desportivo do Esposende, em declarações ao nosso jornal.

Luís Cunha foi quem recebeu a equipa de arbitragem e conta a sua versão. «O senhor árbitro quando chegou a primeira coisa que me disse foi: “o vosso fisioterapeuta está expulso e nem no túnel pode ficar”. Respondi-lhe que não havia problema que íamos ligar ao fisioterapeuta da formação. Depois, começou a pôr entraves à segurança. Queria saber quantos elementos iam estar e porque é que não era GNR a fazer o jogo. Só lhe respondi que ele não tinha nada a ver com isso, que esta não era a primeira vez que esta empresa fazia a segurança aos nossos jogos e que a AF Braga e GNR tinham conhecimento», expôs o dirigente.

«Depois, implicou com a peritagem que fomos fazer ao carro. Sempre a perguntar se era preciso apontar tudo o que o carro tinha. Respondi-lhe que isso era uma situação normal. Quando fomos fazer a vistoria ao campo insistiu novamente nos seguranças e ameaçou mesmo que ao mínimo incidente parava o jogo e só o recomeçava quando viesse a GNR. Não ia estar para aturar ninguém. Para mim já vinha com alguma intenção na manga, pois desde o início que se mostrou sempre pouco flexível e com um discurso autoritário», juntou Luís Cunha.

«No final do jogo, ao fim de 10/15 minutos estava tudo dentro do balneário. Foi quando bateram à porta e vi dois elementos da GNR. Perguntei qual o motivo da sua presença, eles disseram que foram chamados pelo árbitro, que não deu conhecimento ao chefe de segurança. Ele não pode fazer isso», conclui.

«Na ficha só estavam quatro jogadores expulsos».

Pedro Maciel disse ainda que o jogo decorreu normalmente, sem casos, até ao penálti. «Na altura pensávamos que ele ia mostrar amarelo ao jogador do Marinhas por simulação, mas depois apontou para a marca do penálti. Não sei se foi o auxiliar que lhe indicou», frisou o director que não compreende o motivo de tantas expulsões. «Quando fui assinar a ficha do jogo estavam registadas quatro expulsões de jogadores, os dois treinadores e eu, pois ele também me expulsou na altura. Ontem, viemos a saber que tínhamos mais jogadores expulsos e todos eles escolhidos a dedo. Eles nem sabem porque foram expulsos e um deles nem estava lá perto e temos testemunhas. Penso que as expulsões foram para prejudicar o Esposende. Ele sabe quem expulsou», lamentou.