Miguel Azevedo denunciou esta quinta-feira alegadas interferências políticas no processo eleitoral da AF Braga, acusando autarcas e dirigentes partidários de tentarem condicionar clubes filiados.
Em comunicado, a candidatura afirma que, nos últimos dias, “presidentes de câmara, vereadores, chefes de gabinete e assessores” terão recorrido a jantares pagos e a promessas de apoios futuros “como moeda de troca para influenciar votos”.
Segundo a Lista A, estas práticas “ferem os princípios da autonomia associativa e constituem um ataque direto à liberdade de decisão dos clubes”.
A candidatura de Miguel Azevedo responsabiliza diretamente um deputado da Assembleia da República, que acumula cargos políticos locais, pela alegada estratégia de ingerência, sublinhando que este é também candidato à AF Braga. O comunicado refere ainda que alguns dos envolvidos estão ligados ao chamado “processo Tutti Frutti”, que investiga redes de influência político-partidária.
Para a Lista A, a intervenção de agentes políticos no ato eleitoral representa “um perigoso regresso ao passado”, em que instituições desportivas eram condicionadas por interesses externos.
As eleições na AF Braga são vistas pela candidatura como “um momento crucial para a democracia desportiva” e para a credibilidade do futebol distrital. Por isso, apelam a que “os clubes não se deixem pressionar ou condicionar” e defendem que a associação “não pode ser utilizada como palanque político”.
“Estamos mobilizados para assegurar que a voz dos verdadeiros protagonistas – os clubes, dirigentes, atletas e treinadores – seja ouvida e respeitada”, conclui o comunicado, reforçando a exigência de eleições “livres, justas e transparentes”.
Recorde-se que o ato eleitoral está marcado para esta sexta-feira, entre as 17h00 e as 22h00.