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«As saudades apertam e muito, pois é dentro do campo que me sinto melhor»

Ricardo Silva começou o campeonato com boas exibições e golos para a equipa. No entanto, uma lesão afastou-o dos relvados por mais de um mês. E quando estava pronto para regressar o campeonato parou. O jogador, que na época passada jogou no Forjães, faz um balanço positivo da época.

 

Como está a adaptar-se a estes tempos de quarentena?
Toda esta situação é muito complicada e afecta todos de alguma forma. A mim resta-me tentar lidar com ela da melhor forma possível, protegendo-me e aos meus para tentar ultrapassar a situação da melhor forma para que tudo volte o rápido possível ao normal. Quanto ao plantel, pelo que sei, está bem e assim também o desejo.
Neste momento encontro-me de quarentena e apenas saio de casa para praticar exercício, já que morando num prédio, não existe tanto espaço como o desejado. Tento seguir todas as recomendações da SNS e evito ao máximo o contacto com o exterior. Como continuo a estudar acabo por ocupar o meu tempo com as aulas on-line e fazendo outras coisas, de modo a conseguir passar mais facilmente esta fase.

Mas não está a ser fácil viver sem futebol…
É óbvio que não está a ser nada fácil este tempo sem futebol. Estive sempre habituado, desde muito novo, a ter contacto com a bola e mesmo nos períodos não competitivos, o futebol continuava a ser uma parte muito integrante do meu tempo, mesmo que de forma mais de lazer. As saudades apertam e muito, pois é dentro do campo que me sinto melhor e é para lá que espero voltar o mais rápido possível.

Esta longa paragem vai afectar a próxima época?
As informações que existem do que pode ser a planificação da próxima época ainda são muito vagas e não existe certezas de nada, pelo que na minha opinião vão existir sempre novas dificuldades, que os clubes, treinadores e jogadores tentarão ultrapassar da melhor, acredito. As consequências desta pandemia não deixaram qualquer actividade, seja em que sector for, indiferente.

  • Campeonato positivo

Que balanço faz da prestação do Vilaverdense no campeonato?
O Vilaverdense vinha a fazer um campeonato positivo, estivemos uma série grande de jogos sem perder e ocupávamos os lugares cimeiros, sempre na procura dos melhores resultados.

E individualmente?
A nível individual foi uma época curta, uma vez que tive uma lesão que me afastou da competição durante um mês e meio. Depois da minha recuperação apenas consegui contribuir em mais um jogo antes de aparecer esta situação. Ainda assim acredito que consegui contribuir para as nossas boas prestações com alguns golos e assistências.

 

Concorda com a medida tomada pela FP Futebol de encerrar os campeonatos?
A medida da FPF nunca vai agradar a todos, pois de certa forma uns sairão mais beneficiados que outros. Acredito que não tenha sido uma decisão tomada de ânimo leve e que teve como objectivo a preservação da nossa saúde, que é o mais importante. O meu desejo seria ainda poder dar o meu contributo dentro dos relvados, mas resta-nos, agora, fazer de tudo para que asseguremos a nossa segurança e a dos outros.

 

É competitiva a Pró-Nacional?
O nosso campeonato é muito competitivo, todos os jogos eram a valer e mesmo as equipas que ocupavam lugares inferiores conseguiam tirar pontos às equipas cimeiras. Acredito que as equipas que ocupavam os primeiros lugares apresentassem mais qualidade, o que se ia reflectindo na tabela, mas sem tirar mérito às outras que também merecem. Acredito também que haja jogadores que ainda poderão dar o salto para outros campeonatos, pois pelo que vi, também demonstraram qualidade para isso.

O futuro passa pelo Vilaverdense FC?
Ainda não sei como será o futuro e acredito que pouca gente o saiba. Neste momento estou focado em tentar manter ao máximo a minha forma fisica e na altura de pensar na próxima época assim o farei.