Miguel Azevedo, candidato à presidência da AF Braga, promete modernizar a comunicação, aproximar-se dos clubes e valorizar atletas, árbitros e dirigentes, apostando em inovação e formação contínua, sem apagar a experiência acumulada nas direções anteriores.
Ambas as candidaturas falam numa renovação, mas estiveram nas direções anteriores? Não há aqui um certo contrassenso?
Renovar significa projetar o futuro, não apagar o passado. A nossa candidatura apresenta uma visão clara para transformar a AF Braga, baseada em propostas concretas já definidas. Serei um Presidente presente para responder diariamente às necessidades dos clubes. O meu único propósito é servir a AF Braga. Vamos modernizar a comunicação, aproximar-nos dos clubes com reuniões regulares por competição, valorizar as seleções distritais, reforçar arbitragem e infraestruturas, implementar formação contínua para dirigentes, técnicos, adeptos e árbitros, e apostar em modalidades emergentes como futsal feminino, futebol de praia e walking football. Tenho orgulho em contar com o apoio do Manuel Machado e outros dirigentes que já muito contribuíram para a Associação. O Manuel Machado apoia a nossa candidatura e integra a lista para a Assembleia Geral, confirmando confiança na equipa que reúne experiência, seriedade e conhecimento profundo do futebol distrital.
Quais são as principais metas a cumprir no mandato?
Reforçar a proximidade com os clubes, melhorar canais digitais e processos administrativos, garantir sustentabilidade financeira, através da fundação da AF Braga Tv aumentar a visibilidade das competições e atletas, valorizar arbitragem, implementar a Braga Football School e desenvolver uma comunicação moderna e transparente. O objetivo é que a AF Braga seja reconhecida como uma referência de excelência e inovação no futebol e futsal distrital.
A hipótese de uma Academia é possível ou parece utopia?
É perfeitamente possível e será desenvolvida de forma sustentável, em articulação a FPF, com os clubes e com os Municípios. Pretendemos também criar academias de futebol nas férias escolares, uma Escola de Guarda-Redes e programas de desenvolvimento de competências específicas, formando jovens atletas sem competir com o trabalho dos clubes.
Pode descrever as mais-valias dos elementos da equipa que o acompanha?
A nossa equipa é composta por pessoas com experiência comprovada no futebol e futsal distrital, incluindo dirigentes, técnicos, árbitros e outros agentes desportivos. Não há interesses políticos, apenas paixão pelo futebol e vontade de servir. Essa combinação de experiência, conhecimento e seriedade permite-nos apresentar um programa robusto e de confiança.
A arbitragem precisa de uma reestruturação?
Sim. Pretendemos captar e formar jovens árbitros junto dos clubes e escolas, promover formação contínua com base na ética e valores do desporto, criar protocolos com cursos profissionais, organizar workshops e campanhas de sensibilização, humanizar a arbitragem através da comunicação e aumentar a diversidade na classe.
Quais os planos para as seleções jovens?
Vamos criar um programa estruturado de seleções distritais, garantindo visibilidade, acompanhamento técnico e participação em torneios nacionais e internacionais. Queremos que as seleções sejam uma montra para o talento local, envolvendo atletas, clubes e treinadores num projeto de excelência.
Que ideias tem para dinamizar competições locais e aumentar a visibilidade do futebol distrital?
Vamos modernizar a comunicação e marketing, criar a AF Braga TV, reforçar presença digital, realizar programas de antevisão e rescaldo de jornadas, promover superliga de futebol virtual e ligas de recreação e lazer, introduzir modalidades como futebol de praia e expandir o walking football a todo o distrito e implementar a bola oficial em todas as competições. O objetivo é dar visibilidade a clubes, atletas e árbitros.
Como pretende atrair investimento e parcerias?
Vamos utilizar a representatividade da AF Braga para captar parceiros institucionais e privados, sempre com retorno direto para os clubes em equipamentos, formação e infraestruturas. O programa prevê também prémios para campeões e iniciativas de promoção de fair-play.
Há planos para melhorar campos, equipamentos e instalações desportivas?
É nosso objetivo implementar uma plataforma cadastral das instalações desportivas, onde será possível consultar características, vistorias técnicas e histórico. Queremos apoiar os clubes na melhoria das infraestruturas, em articulação com autarquias e parceiros. Vamos criar um gabinete técnico/jurídico para apoiar os clubes a candidaturas da FPF e IEFP.
«O seu apoio à nossa candidatura é um voto de confiança»
Como avalia o trabalho de Manuel Machado à frente da AF Braga?
Foi um presidente com obra feita e prestígio reconhecido. O seu apoio à nossa candidatura é um voto de confiança na nossa equipa e na continuidade do trabalho de excelência, agora com uma visão inovadora e de futuro.
Um debate entre candidatos não lhe parece essencial?
Os debates são mais para os políticos, por isso não considero essencial. Aliás, a Associação deve ser preservada de oportunismos políticos de forma a evitar que seja transformada em instrumento de poder. Nesta eleição o importante é debater com os clubes, que são os verdadeiros protagonistas. Promovemos sessões abertas, transparentes e participadas, focando-nos no diálogo direto, nas necessidades e desafios dos filiados, que é o que interessa à AF Braga.
O que vai mudar na AF Braga a partir de 12 setembro se for eleito?
A relação com os clubes será próxima, transparente e participativa. Serei um Presidente presente, sempre próximo dos clubes. Implementaremos uma comunicação eficaz, decisões partilhadas e acompanhamento constante. Teremos valorização de atletas, árbitros, dirigentes e clubes, reforço das seleções distritais, modernização da arbitragem e formação contínua, tornando a AF Braga uma referência de excelência no futebol e futsal distrital.